quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Suspeita de fraude

(Retirado do jornal pequeno - www.jornalpequeno.com.br)
Algumas denúncias de fraudes, corrupção eleitoral ou compra descarada de votos no Maranhão, na capital São Luís e no interior do Estado, estão sob investigação ou aos cuidados de inquéritos da Polícia Federal.

A primeira delas, grave pela crueldade de subtrair remédios de hospitais públicos para distribuição entre eleitores, resultou na prisão de uma médica, casada com um parente de Sarney, que pagou a fiança, e ninguém ouviu mais falar do assunto. É o típico crime eleitoral que extrapola para a esfera penal pelo nível de iniqüidade que significa deixar gente doente sem atendimento, sem os remédios necessários para aplacar suas dores, em nome da eleição deste ou daquele candidato. Um crime que poderia redundar em lesões corporais de natureza grave e até morte.

O segundo crime eleitoral corresponde ao uso e abuso da miséria absoluta, pobreza e analfabetismo das pessoas para forçar a vitória de candidatos sem condições de se eleger. Um sujeito chamado Bruno foi flagrado pagando contas de água, luz e telefone em valores que chegam a R$ 28 mil, em uma casa lotérica, visando beneficiar determinadas candidaturas. O caso está sob investigação da Polícia Federal e a sociedade espera com urgência o desfecho das investigações, para posterior punição dos culpados. É mais um, entre tantos indícios, de que a eleição nesse Estado foi corrompida muito além do que podemos imaginar, porque se isso foi feito em plena capital do Estado, à luz do dia, dá para imaginar o que pode ter acontecido por esse Maranhão afora.

Matéria do jornal Valor Econômico, um tanto confusa para a linguagem jornalística, indica a existência de votos dados em seqüência após o encerramento da votação. Vai ver tinha gente votando enquanto o TRE procedia a apuração das eleições, o que seria o cúmulo de todas as fraudes já perpetradas no Brasil.

Entre suspeitas e constatações, nunca é demais lembrar que havia uma greve de bancários em curso, e que, portanto, quantias superiores ao que suportam os caixas eletrônicos não poderiam ser sacadas nos dias próximos ao dia das eleições. Como foi que chegou dinheiro às mãos de determinados políticos e cabos eleitorais é um fato que também não deve ser desprezado pela polícia; afinal de contas, o tráfico de influência é um dos crimes mais praticados no Brasil.

Nem adianta chamar de choro de derrotados a busca pela verdade do que aconteceu nestas eleições. Os dois primeiros crimes são flagrantes e nos induzem a pensar que o resultado das eleições foi alterado às custas de muito dinheiro irregular. De onde saíram os remédios que a médica distribuía naquele consultório fantasma? Quem deixou nas mãos de Bruno quantia tão elevada para pagar tantas contas de uma só vez? Ele foi o único? Desde quando é permitido tanta gente votar depois das 17 horas?

São perguntas que não podem ficar no ar, que precisam de respostas rápidas, pois a sociedade maranhense não pode ter sua vontade expressa nas urnas alterada pela corrupção eleitoral. E olha que no Maranhão tem épocas em que até defunto vota.

De qualquer modo, a Polícia Federal já demonstrou que age com toda isenção exigida de uma instituição de seu porte. Foi assim com o governador e com o senador presidiários do Amapá, apoiados por Lula; foi assim com Carlos Gaguim, governador do Tocantins, também apoiado pelo presidente da República. Assim também haverá de ser com o Maranhão.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fogo preocupa moradores da zona rural do Maranhão

O fogo das queimadas está assustando os moradores da zona rural do Maranhão. A maioria das casas é coberta de palha, o que facilita a propagação dos incêndios.

As queimadas sem controle assombram cerca de meio milhão de sertanejos no Maranhão, famílias que vivem em casas de barro e palha. “Uma casa de barro dessas é um perigo, porque qualquer faísca, qualquer fogozinho acendia tudo”, afirma o agricultor Edson Silva Nascimento.

Aconteceu neste sítio em São João dos Patos, sul do Estado. A casa, o curral, as cercas. Tudo foi queimado. Centenas de frangos e quinze cabeças de gado morreram sufocadas pelo calor.

Em Parnarama, semiárido maranhense, o fogo já destruiu mil hectares de pastagem nessa propriedade. Os vizinhos perderam o sossego. “Tenho medo demais, porque a minha casa é desse jeito. Se queimar, queimou. O que vou fazer?”, diz o agricultor Domingos Martins.

A maioria das queimadas ocorre depois de meio-dia, nas horas mais quentes. A baixa umidade e o vento forte facilitam a propagação do fogo. A falta de brigadas contra incêndio na maioria dos municípios faz o sertanejo se virar sozinho na hora de conter as labaredas perto de casa, e as chamas clareiam as noites do Maranhão.

Suspeita de fraude nas eleições no Maranhão

A coordenação da coligação de oposição “Muda Maranhão” (PCdoB, PSB e PPS), que teve como candidato ao governo o deputado Flávio Dino recebeu, na sexta-feira (8), um relatório com os detalhes da eleição para governador no Estado e, a depender das informações nele contidas, pode entrar com um pedido no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) na tentativa de reverter o resultado do pleito.

Flávio Dino (PCdoB) ficou a apenas 4.877 votos de disputar o segundo turno com Roseana Sarney (PMDB), reeleita em primeiro turno com 50,08% dos votos válidos.

A diferença de 0,08% de votos dados a Roseana em relação à soma dos votos de Dino e dos outros quatro candidatos – Jackson Lago (PDT), Saulo Arcangelo (PSOL), Marcos Silva (PSTU) e Josivaldo Correa (PCB) – levou a coligação “Muda Maranhão” a pedir ao TRE o acesso aos chamados “logs” de todas as urnas.

Os logs contêm as informações sobre tudo o que ocorreu no dia da eleição em todas as 15.393 seções eleitorais dos 217 municípios maranhenses. Entre os dados obtidos pela coligação, em análise pela coordenação jurídica, estão os horários de início e fim da votação nas seções e a quantidade de votos dados após as 17 horas, quando apenas eleitores que aguardavam na fila com senhas distribuídas pelos mesários em mãos puderam votar.

O advogado Carlos Eduardo Lula, coordenador jurídico da campanha de Flávio Dino, entregou nesta sexta o relatório com a análise dos dados contidos nos logs das urnas aos partidos da coligação “Muda Maranhão”. Segundo ele, um dos problemas já encontrados é a existência de vários votos dados em sequência em uma mesma seção após as 17 horas, quando a eleição foi encerrada, com curto espaço de tempo entre um e outro. Como o voto é secreto, as informações contidas no log não incluem a quem foram dados os votos de cada urna.

De acordo com Lula, um caso considerado suspeito encontrado até anteontem à tarde é o de São José de Ribamar, município de 163 mil habitantes localizado a 32 quilômetros de São Luís. Segundo o advogado, em uma das seções eleitorais da cidade houve 26 votos após às 17 horas, um atrás do outro, com um pequeno intervalo de tempo entre eles. São José de Ribamar tem 75.438 eleitores e concentra 1,7% do eleitorado maranhense. O município é o quarto maior colégio eleitoral do Maranhão, perdendo apenas para São Luís, com 15,4%; Imperatriz, com 3,6%; e Caxias, com 2,3%. Na cidade, o resultado das urnas apontou 53,5% dos votos válidos dados a Roseana Sarney contra 32,1% ao segundo colocado, Flávio Dino.

Com o relatório sobre as urnas em mãos, a coligação encabeçada por Dino decidirá o que fazer. Segundo o advogado Carlos Eduardo Lula, há duas possibilidades: pedir a anulação das urnas onde foram identificados indícios de fraude ou a realização de uma eleição suplementar nos locais onde suspeitar-se que isso tenha ocorrido.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Usina de Castelhano será leiloada em dezembro

A partir do dia 17/12, o Ministério de Minas e Energia colocará em leilão duas usinas hidrelétricas no Rio Parnaíba, uma localizadas em Palmeirais e Ribeiro Gonçalves. As obras fazem parte de um conjunto de 5 usinas em todo o país. Os consórcios vencedores terão cinco anos para iniciar a produção de energia. Antes, os consórcios farão o cadastramento junto à EPE (Empresa de Pesquisa Energética). O prazo para isso é até o dia 20 deste mês. A EPE disse que deverá anunciar os habilitados até o início de dezembro.



O problema, entretanto, é a questão ambiental. Nenhuma das duas usinas tem LP (Licença Prévia) do Ibama, condição prévia para participar do leilão. O governo informou que deverá exercer pressão sobre o Ibama para obter a LP. A Usina de Castelhano tem capacidade de gerar 64 MW.